Na noite da última terça-feira (22), o Big Brother Brasil 25 chegou ao fim com a vitória de Renata Saldanha, que levou para casa o prêmio de R$ 2.720.000. A cearense de 33 anos, professora de dança e de ginástica rítmica, conquistou 51,90% dos votos do público em uma final disputada contra Guilherme e João Pedro. Mas, apesar do feito, a sensação que ficou entre os fãs do reality foi de frustração — com o desfecho e com toda a temporada.
Renata entrou no jogo ainda na fase das duplas, ao lado de Eva, mas logo passou a atuar individualmente com um jogo discreto, sem grandes alianças ou embates diretos. Ao longo dos 100 dias de confinamento, ela manteve uma postura serena, apostando em estabilidade emocional em vez de protagonismo. Uma tática que, ao que tudo indica, funcionou — mas não empolgou.
Isso porque o BBB 25, como um todo, foi marcado por falta de carisma entre os participantes, ausência de narrativas envolventes e uma condução excessivamente cuidadosa por parte dos brothers e sisters. Os conflitos foram escassos, as estratégias pouco ousadas, e a impressão que se teve foi a de um elenco temeroso, mais preocupado em não errar do que em jogar de verdade.
A consequência veio nos números: a edição teve uma das piores audiências da história do programa, com média de apenas 16,2 pontos na Grande São Paulo. A final refletiu esse desinteresse: a votação foi uma das menos expressivas de todas as temporadas, com porcentagens apertadas e uma campeã que venceu sem grande apoio popular.
Nas redes sociais, muitos espectadores questionaram a legitimidade da vitória de Renata, apontando que, em uma edição com maior engajamento do público, o resultado poderia ter sido outro. “Se a Renata fosse realmente a favorita do público orgânico, teria vencido com folga”, comentou um usuário no X (antigo Twitter). “Essa final só mostra o quanto o programa perdeu força”, escreveu outro.
Mesmo com tentativas da produção de resgatar o interesse — como dinâmicas novas, festas grandiosas e até o retorno de ex-BBBs — a temporada não conseguiu recuperar o fôlego. A ausência de figuras carismáticas e de arcos emocionantes pesou, e a edição acabou vista como uma das mais decepcionantes já exibidas.
A pergunta que fica é: o que será do BBB 26? A fórmula, consagrada por duas décadas de sucesso, claramente precisa de ajustes. Talvez seja hora de repensar o modelo, ousar no elenco e, principalmente, reconquistar a confiança de um público que, desta vez, preferiu mudar de canal.